Bairrismos – Claudio Luciano Ornellas

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Uma poética bastante consciente de si mesma, do seu próprio alcance, e dos seus limites. Esta é a proposta de Claudio Luciano Ornellas, já assinalada no título deste seu primeiro livro de versos.

A poesia que se lê nestes Bairrismos — sem dúvida um título algo irônico — vem em voz individual, mas também opera como “voz da consciência” de uma coletividade. Não a coletividade de um bairro em particular, mas aquela circunscrita ao município de Araucária, onde reside o poeta, na região metropolitana de Curitiba.

Passando da localização para as influências mais — ou menos — visíveis, há dois nomes e obras a apontar. Um, talvez até excessivamente óbvio, por ser incontornável a quem tem produzido poesia no Paraná e no Brasil — é Paulo Leminski. Mas há também uma presença mais sutil: a da “padroeira da poesia paranaense”, Helena Kolody.

Ambas as influências se traduzem pelo uso da forma breve — concisão proveniente da tradição japonesa dos haicais. E, consequentemente, pela temática de observação e revelação da natureza, que funciona como metáfora das vivências humanas. E aí aparecem o João-de-Barro, as maritacas, e o próprio pinheiro da araucária, nas figurações poéticas de Ornellas.

De modo que, mesmo circunscritos a um município periférico, na borda da capital de um estado periférico, de um país periférico, esses “bairrismos” talvez não se reduzam a tais limites. Ou antes, com simplicidade e ironia, transpareçam o quanto há de universal nessa realidade aparentemente menor, nos seus contrastes e entrechoques com tudo aquilo que se pretende — figurado em indústria e avanço tecnológico — como cultura e civilização.

Ivan Justen Santana

Poeta, tradutor e pesquisador literário

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Bairrismos

Claudio Luciano Ornellas

16X23 cm

88 páginas

ISBN: 978-85-69199-49-6

 

Claudio Luciano Ornellas veio de muito longe, lá dos anos 80 de outro século. Já foi acusado de tímido, de vilão, de “líder”, de otário, de chato, de intelectual e arruaceiro.

Está plantado em Araucária desde adolescente. Por não ter outra paisagem a admirar, escreve sobre pinheiros e chaminés.

Está sempre um tanto perdido, pega caminho errado e segue firme até tardar. Eventualmente chega. Já desistiu e mudou de rumo muitas vezes.

Foi expulso de bares e parques de Curitiba.

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