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Um dos maiores poemas da literatura ocidental
Acumulando dívidas, entre 1809 e 1811, Lord Byron empreendera uma longa viagem por Portugal, Espanha, Malta, Gibraltar e Grécia, que lhe serviram de matéria poética. O poeta, entretanto, não faz uma crônica; poetiza a experiência, no poema aparecem, por exemplo, os nomes míticos: Lísia, para Portugal, Gália, para a França, Albion, para a Grã-Bretanha. As nefastas guerras napoleônicas também são o pano de fundo de referências míticas.
O poema narra as aventuras de Harold de um modo fortemente pessoal. Os primeiros dois cantos foram lançados em 1812, e os dois últimos apenas em 1818. Fora esta a obra que fez Lord Byron conhecido no mundo inteiro.
As digressões e referências nestes dois últimos cantos revelam um cansaço pela repetição da humanidade, chafurdando e patinando em suas formas ideais de esperança, que à época já possuíam propaganda: igualdade, liberdade e fraternidade… Diante da hediondez do mundo, a melancolia encontra no poeta um único escape possível: o humor.
Melancolia e ironia são alicerces do asilo da modernidade!
Detalhes da presente edição: um dos maiores poemas da história da poesia ocidental, traduzido em versos por Francisco J. P. Guimarães. Nas palavras de Machado de Assis:
“Tenho em primeiro lugar nas minhas notas as Produções poéticas de Francisco José Pinheiro Guimarães, grosso volume contendo o Child-Harold e o Sardanapalo, de Byron, o Roubo da Madeira [sic] de Pope, e o Ernani de Victor Hugo.
O nome de F. J. Pinheiro Guimarães é conhecido por quantos estimam e prezam as letras; mas sinceramente creio que a nomeada do finado poeta não está na altura de seu brilhante talento. É que esse talento curava pouco de publicidade; e poetizava por natureza, como as flores dimanam cheiros, como uma necessidade fatal, sem que o pensamento de glória o preocupasse e fizesse pensar detidamente no futuro.”
Machado de Assis. Crônicas. Obras completas Vol. IV.
A Peregrinação de Childe Harold, de Lord Byron
Tradução Francisco José Pinheiro Guimarães
220 páginas
16X23 cm
ISBN 9788569199106
A Peregrinação de Childe Harold é um poema narrativo escrito por Lord Byron, publicado pela primeira vez entre 1812 e 1818. A obra é dividida em quatro partes (ou cantos) e narra a jornada de um jovem aristocrata desiludido chamado Harold através da Europa e do Oriente Médio. Inspirado pelas próprias viagens de Byron pela Europa, o poema não apenas descreve paisagens pitorescas e monumentos históricos, mas também reflete sobre temas como a melancolia, a busca por significado na vida, e a relação do indivíduo com a sociedade e o mundo ao redor.
Childe Harold, o protagonista, é um reflexo das próprias emoções e experiências de Byron, tornando o poema uma obra profundamente pessoal e introspectiva. Ao longo de sua jornada, Harold encontra-se com personagens diversos e reflete sobre suas próprias frustrações e desilusões, encontrando consolo na solidão e na contemplação da beleza e da grandiosidade da natureza e da arte.
“Childe Harold’s Pilgrimage” não apenas estabeleceu Byron como um poeta de renome internacional, mas também influenciou profundamente o movimento romântico na literatura europeia, moldando o estilo e os temas de gerações subsequentes de escritores.
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Lord Byron (1788-1824), nascido George Gordon Byron, foi um dos poetas mais proeminentes e controversos do século XIX na Inglaterra. Herdou o título de Barão aos dez anos após a morte de seu tio, começando cedo a manifestar interesse pela literatura e pela escrita. Seu primeiro grande sucesso veio com o poema narrativo A Peregrinação de Childe Harold(1812), que instantaneamente o catapultou à fama em toda a Europa.
Byron era conhecido por seu estilo de vida extravagante e escandaloso, marcado por relacionamentos turbulentos e romances apaixonados. Suas obras frequentemente exploravam temas de amor, liberdade e a busca pela identidade pessoal, refletindo suas próprias experiências e emoções intensas.
Além de Childe Harold, Byron escreveu obras como Don Juan, uma sátira cômica, e diversos poemas líricos que capturaram a imaginação de seus contemporâneos e continuam a ser estudados e admirados até hoje.
Sua vida foi marcada por exílios voluntários, incluindo períodos na Itália, onde se envolveu com o movimento pela independência grega. Byron morreu aos 36 anos de febre tifoide enquanto apoiava os gregos na luta contra o domínio otomano. Sua morte prematura aumentou sua aura romântica e reforçou seu status como uma figura lendária na história da literatura mundial.
Sobre o tradutor
Francisco José Pinheiro Guimarães (1809-1857) nascido no Rio de Janeiro, seguiu criança para a Londres para tratar de uma enfermidade. Lá, formou-se em Humanidades e quando retornou a terra natal, formou-se na Faculdade Jurídica de São Paulo em 1832. Exerceu cargos de secretário do império, juiz municipal e vereador. Falecido no dia 18 de novembro de 1857 de Febre Tifoide.
Sua tradução Childs Harold’s Pilgrimage, finalizada em 1843, mas já em 1841 era conhecida e declamada nos sarais literários. Foi publicada só postumamente em 1863, sob o título Traduções Poéticas que reúne, além de A peregrinação de Childe Harold, a tragédia Sardanapalo de Byron; O roubo da madeixa, de Alexandre Pope; e Hernani, de Victor Hugo